sexta-feira, outubro 06, 2006

desfalecimento...

Consomem-me hoje todos os sentimentos mesquinhos, maus, odiosos que despontas em mim.
Sabes a fel. Já não suporto essa tua arrogância. Parece que vives numa redoma e que o mundo é que tem de tomar conta de ti. És um egoísta. Tu, tu e mais tu.
A minha alma deu um nó com as conversas que temos e que não levam a mais lado nenhum que não seja o meu sofrimento. Talvez também sofras, mas porque me hei-de preocupar contigo mais uma vez quando tu não te preocupas comigo?
Gritei duas ou três vezes a palavra ODEIO-TE num espaço de sete segundos! Acho que não te odeio mesmo, só às vezes, quando parece que estou a falar com um glaciar. O sol parece não ter qualquer efeito em ti. O terreno além de gélido é infértil. Não se consegue semear nada nele. As únicas ciosas que permites que cresçam são a dúvida. A maldita dúvida que tens sempre perante tudo...
Fiquei cega de raiva, deixei de ver o que quer que fosse há minha frente. Não me reconheço, fico sempre num estado deplorável, em que o oxigénio parece não chegar ao meu cérebro... e o que lá chega tu tratas de consumir o mais rapidamente possível.
Fico sem norte, sem sul, sem nada. Completamente perdida e isolada do mundo. Os meus sentidos estão tão em alerta que não sentem nada. Apenas um lento afundar num desgosto que cada vez mais se entranha em mim. Quero ser racional e não consigo. Raios! Detesto sentir-me assim. Fico completamente indefesa por culpa minha. Sim, culpa minha por não conseguir contrariar este estado.
Que tristeza esta de me sentir feliz quando estás longe. Sei que existes, mas não me consegues magoar. Mas logo te encontro... e o resto é história.
Não entendo como pensas que podes receber se não dás nada de ti... será que é assim tão difícil entender isso?
Estou exausta, gasta por ambivalências que já não consigo controlar...
Não quero que a minha força seja sugada desta forma. Não posso permiti-lo. Mas sinto que é o que vai acontecendo aos poucos... é um desfalecimento que não quero perene... tenho que conseguir!

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