felicidade efémera

Sinto o ar fresco. Faz-me lembrar uma tarde de Inverno, em que o sol brilha finamente no céu e apenas nos queima se estivermos uns cinco minutos com a face na sua direcção...

Parece um daqueles dias em que tudo é possível. Dias em que tudo parece novo... mas penso que seja mais um enamoramento por algo que desejo ver renovado, como a vida - a minha vida.

Senti-me durante todo o dia feliz! Consegui apreciar quase na totalidade todos os momentos. Momentos em que ri, trabalhei, partilhei ideias e experiências. Um dia em que a música me levou aos meus 15 anos - pareço uma velha com estes comentários... uma música que me fez querer sentir apaixonada, querer sugar toda a vida até ao tutano... ser livre e voar...

Depois chegou a noite, e com ela a nostalgia de uma idealização acerca do amor. Idealização do que eu gostaria que ele fosse.

Entretanto por estas andanças li um post de uma "velha amiga", que me deu alguma força... mais tarde, recebi também esta mensagem:

"Olha-te ao espelho. Lava as mãos, depois a cara. Sem sabonete. Só àgua. Com calma. Devagar. Saboreia o momento. Agora volta a olhar o espelho. Depois de retirares a máscara está aí todo o teu poder, toda a tua força, toda a tua determinação. Viste?"

Simplesmente as lágrimas caíram. Vi a força, o poder e a coragem. Não no espelho da minha casa de banho. Vi a força, o poder e a coragem no espelho de quem gosta e cuida de nós...

A felicidade foi efémera, mas o sentimento que me devolveram não é...

Obrigada!