quarta-feira, agosto 30, 2006

esquecer...

Há sentimentos que é preciso esquecer - esquecer, para que desapareçam!
Insistes em magoar, em portar-te como uma criança. Ausentas-te mesmo quando presente. Curioso, é que consiga não pensar em ti às vezes, mas quando penso, e quero falar contigo ou apenas ouvir a tua voz, tu não estás - parece que desapareceste do mundo - podia procurar-te pelo Universo, que mesmo assim não te acharia! Mas, talvez sempre tenhas sido assim - as tuas presenças notam-se apenas quando estou triste. Sei que estás por perto, porque me deixas ainda mais em baixo...
Chegas a ser ridículo com as tuas infantilidades. Tens um dom para meter o dedo na ferida como ninguém. Outras vezes és apenas inoportuno.
Porquê esta minha teimosia em sentir quem não me sente?! Há alturas em que me sinto mesmo idiota por tudo o que sinto relativamente a ti...
Não sabes conquistar sem ser pela provocação. Sempre pela provocação. Destacas-te do resto do mundo pela provocação... ah! e pela arrogância! Se quisesse espremer algo doce do teu sumo, tal seria impossível. Existe em ti o amargo, o àcido, o azedo - o doce talvez tenha existido, mas não tem aparecido, nem sequer numa ou outra alucinação, ou miragem...
Esquecer..., sonhar para esquecer..., mas que talvez seja melhor viver para esquecer...

1 comentário:

Anónimo disse...

Acho que nunca disseste a essa pessoa anónima o que sentes por ela. Assim, ela permanecerá para ti no anonimato - na sua capacidade de estar ausente mesmo quando está na tua presença.

Mas, se calhar é isso que desejas: manter o sonho de um anonimato, para que ele não se perca ao transformar-se na identidade de uma realidade...