Não me saem da cabeça as palavras que ele disse… eu não transpareço o que sinto, travei-me, não me permiti viver mais, tomei a determinada altura muito balanço, mas depois parei, estava a acabar!
“Esse teu ar descontraído. Dos quatro, foste a que me deixou mais na dúvida de saber o que é que estavas a viver, como estavas a viver (…) Isto por agora passa, porque és simpática, de trato fácil, mas mais tarde não passa. Vais sentir depois que o mundo se virou contra ti… e os outros não são bons observadores, esses até há poucos, e depois se não percebem que isso é um modo de defesa, pensam, porque quem vê à primeira vista parece que te estás a borrifar para isto…” – não consigo para de pensar nisto – “devias fazer uma psicoterapia” – eu sei…
Realmente… sinto essa necessidade há já algum tempo. Porque é que não me permito viver as coisas a cem por cento?! É um facto, que tenho medo de me magoar – mas assim magoo-me na mesma, não vivo como queria…
“Tens capacidade para distinguir se o sujeito até toca bem ou não” – mas limito-me a ir ao espectáculo, a divertir-me e pronto! O resto… olha não penso nisso! Penso sim, mas não consigo…
Que angústia, esta que me consome… mas será que não se vê, que não demonstro quando gosto de alguém, que as pessoas são importantes para mim, que eu estou empenhada na minha relação com elas?! Serei assim tão fria de trato?! Olham para mim e aquilo que vêm é apenas simpatia e charme?! – “Tens mais que simpatia e charme. Se há uns que só têm isso para chamar a atenção tu não, tu tens mais”… Será que sou mesmo, que aparento mesmo ter essa coisa de ser superior ao sofrimento e ao afligir dos outros?! Alguém acredita mesmo que sou indiferente, que não sofro, ou será que não me permito mostrar isso?! É que eu também sofro, não sou um muro insensível de pedra granítica… as coisas não batem em mim e caem, elas também perpassam por entre as frestas que possuo e que são impossíveis de tapar…
Mas, … também não sei se as queria tapar… talvez quisesse mais que certas coisas saíssem em vez de apenas entrarem e ficarem arrumadinhas na desarrumação que é este meu mundo pseudo “arrumado”…
Não fiquei magoada com ele, mas magoou-me ouvir essas coisas… por vezes, por uma só vez, gostava que me pudessem ver como sou… mas, talvez eu não permita, e talvez não seja obrigação dos outros verem aquilo que não mostro…
Por agora contento-me em chorar por não conseguir ser quem sou… mas gostava que percebessem quem eu sou, e que eu me permitisse mostrá-lo… há uns anos que isso não acontece!
Ser livre, o meu único desejo…
“Esse teu ar descontraído. Dos quatro, foste a que me deixou mais na dúvida de saber o que é que estavas a viver, como estavas a viver (…) Isto por agora passa, porque és simpática, de trato fácil, mas mais tarde não passa. Vais sentir depois que o mundo se virou contra ti… e os outros não são bons observadores, esses até há poucos, e depois se não percebem que isso é um modo de defesa, pensam, porque quem vê à primeira vista parece que te estás a borrifar para isto…” – não consigo para de pensar nisto – “devias fazer uma psicoterapia” – eu sei…
Realmente… sinto essa necessidade há já algum tempo. Porque é que não me permito viver as coisas a cem por cento?! É um facto, que tenho medo de me magoar – mas assim magoo-me na mesma, não vivo como queria…
“Tens capacidade para distinguir se o sujeito até toca bem ou não” – mas limito-me a ir ao espectáculo, a divertir-me e pronto! O resto… olha não penso nisso! Penso sim, mas não consigo…
Que angústia, esta que me consome… mas será que não se vê, que não demonstro quando gosto de alguém, que as pessoas são importantes para mim, que eu estou empenhada na minha relação com elas?! Serei assim tão fria de trato?! Olham para mim e aquilo que vêm é apenas simpatia e charme?! – “Tens mais que simpatia e charme. Se há uns que só têm isso para chamar a atenção tu não, tu tens mais”… Será que sou mesmo, que aparento mesmo ter essa coisa de ser superior ao sofrimento e ao afligir dos outros?! Alguém acredita mesmo que sou indiferente, que não sofro, ou será que não me permito mostrar isso?! É que eu também sofro, não sou um muro insensível de pedra granítica… as coisas não batem em mim e caem, elas também perpassam por entre as frestas que possuo e que são impossíveis de tapar…
Mas, … também não sei se as queria tapar… talvez quisesse mais que certas coisas saíssem em vez de apenas entrarem e ficarem arrumadinhas na desarrumação que é este meu mundo pseudo “arrumado”…
Não fiquei magoada com ele, mas magoou-me ouvir essas coisas… por vezes, por uma só vez, gostava que me pudessem ver como sou… mas, talvez eu não permita, e talvez não seja obrigação dos outros verem aquilo que não mostro…
Por agora contento-me em chorar por não conseguir ser quem sou… mas gostava que percebessem quem eu sou, e que eu me permitisse mostrá-lo… há uns anos que isso não acontece!
Ser livre, o meu único desejo…
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