domingo, maio 07, 2006

"I know nothing stays the same"

Sei que nascemos. Somos bebés. Passamos a crianças, brincamos. Crescemos mais um pouco, brincamos um pouco mais, fazemos amigos, partilhamos com eles a nossa vida, os nossos sentimentos, construímos com eles o nosso mundo. Crescemos mais um pouco, separamo-nos pelas nossas escolhas, fazemos outros amigos, com quem partilhamos mais um vez a nossa vida, as nossas emoções, construímos tambem com eles o nosso mundo. É um ciclo, que se vai repetindo há medida que vamos crescendo, mas nada fica o mesmo, porque pelo meio já perdemos o contacto com os primeiros, aqueles amigos que nos moldaram desde tenra idade... e nada volta a este tempo, porque esse tempo passou e, os laços que nos unem, embora sejam fortes, não têm aquela cumplicidade de outrora - porque não foi fomentada, e porque alguns de nós preferiram escolher outros caminhos e outros amigos...
É nesta nostalgia que se abate o meu espírito, com falta de algum alimento, que me faz falta para viver em plenitude (sempre irei precisar dele, presumo)... este alimento de ternura, de cumplicidade, de saber que estás presente e te preocupas... ao invés sinto-te distante e não te consigo puxar para perto de mim, como já estiveste! Por mais que tente, sinto que são sempre tentativas frustradas. Mesmo quando estamos próximas, sinto esse abismo entre nós, como se comunicassemos por uma lembrança, e não por algo que vivemos e sentimos no agora... espero que passe!

1 comentário:

MaryMoon disse...

Faz parte do crescimento essa constatação irremediável e, tantas vezes, frustrante e incapacitante, de que não podemos obrigar quem adoramos a ficar, para sempre, perto de nós... Por mais que tentemos remediar ou alterar um destino predestinado a afastar-se do nosso caminho, chega a ser transcendente à nossa capacidade humana. Mas o que importa amiga, é crescermos conscientes de que entregámo-nos de corpo e alma...e perceber, crescendo, que só é digno de "estar", quem "estar" quer. Eu quero.