Muros altos de pedra ou de arame farpado que escondem vocês?! Serão neles contidos os bandidos ou os degraçados, os miseráveis ou os abandonados?! Estendem-se por caminhos embrenhados nas matas, nas serras, até na cidade, podem ser visíveis mas não perscrutados, falados mas não entendidos... De arquitectura moderna ou clássica, numa lógica de controle económico e social. Escondem os corpos de tantos como nós, humanos!
Talvez a humanidade desapareça com esses muros, dentro desses muros, para lá desses muros. Quem sabe? Quem viu? Quem ouve? Quem fala? O que dizem, os muros e quem lá está? A quem é que dizem?
Será que a cal branca desses muros os contextualiza como inofensivos, num estado de paz, harmonia e liberdade, como se de uma pomba branca se tratasse?! Será da cor a indiferença generalizada que se sente face a esses muros e a quem lá vive?! Ninguém se desorganiza psicologicamente a olhar o branco?! Será essa a explicação?! Talvez devessem pintar esses muros da cor de quem os habita. Não a sei descrever, mas levanta muitas questões. Desorganiza pelo sofrimento alheio, pela forma como o lemos, como o entendemos, como o sentimos - diz algo de nós, do que somos e do que queremos ser.
Dentro desses muros também o sol nasce, embora o calor não seja uma presença constante, talvez mais uma falha constante. Dentro desses muros não é o branco a cor reinante, as paredes têm outras tonalidades, dizem-nos outras coisas, não são tão alegres nem tão expansivas, não evocam símbolos de liberdade, esses remetem-se apenas para os que necessitam ser iludidos de uma visão romanceada caracterizada no quotidiano de palavras caras que se utilizam para embelezar o preto interior dos muros brancos.
Hoje fez sol, mas dentro dos muros brancos o seu calor primaveril, crescente, cheio de energia enebriante, promessas e sonhos não se fez sentir. E os muros não eram, nem são assim tão altos...
Talvez a humanidade desapareça com esses muros, dentro desses muros, para lá desses muros. Quem sabe? Quem viu? Quem ouve? Quem fala? O que dizem, os muros e quem lá está? A quem é que dizem?
Será que a cal branca desses muros os contextualiza como inofensivos, num estado de paz, harmonia e liberdade, como se de uma pomba branca se tratasse?! Será da cor a indiferença generalizada que se sente face a esses muros e a quem lá vive?! Ninguém se desorganiza psicologicamente a olhar o branco?! Será essa a explicação?! Talvez devessem pintar esses muros da cor de quem os habita. Não a sei descrever, mas levanta muitas questões. Desorganiza pelo sofrimento alheio, pela forma como o lemos, como o entendemos, como o sentimos - diz algo de nós, do que somos e do que queremos ser.
Dentro desses muros também o sol nasce, embora o calor não seja uma presença constante, talvez mais uma falha constante. Dentro desses muros não é o branco a cor reinante, as paredes têm outras tonalidades, dizem-nos outras coisas, não são tão alegres nem tão expansivas, não evocam símbolos de liberdade, esses remetem-se apenas para os que necessitam ser iludidos de uma visão romanceada caracterizada no quotidiano de palavras caras que se utilizam para embelezar o preto interior dos muros brancos.
Hoje fez sol, mas dentro dos muros brancos o seu calor primaveril, crescente, cheio de energia enebriante, promessas e sonhos não se fez sentir. E os muros não eram, nem são assim tão altos...
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