quinta-feira, maio 18, 2006

"as palavras que nunca te direi"!

nascimento da Vénus de Botticelli
A m nasceu quando bebeste intensamente todas as palavras escritas por ele, palavras que te tocaram e te fizeram sentir viva, em sintonia, contudo longe de quem conseguiu meter no papel tais sentimentos. Um longe físico apenas... impossível não reparar no brilho dos teus olhos, na luminosidade do teu rosto, quando de cor "trauteaste" as palavras que parecias ter "engolido" de uma só vez, mas que confessaste ter lido repetidas vezes.
Talvez o facto de não teres posto em palavras as emoções que te assaltavam, te levasse a agir de imediato, como se fosses sufocar se não desses a conhecer esse teu lado sensível, lunar e poético. Presumo, que Pessoa também se sentia assim face à vida. Daí a necessidade dele exprimir as inúmeras emoções que o assaltavam por diversos "eus" que afinal eram apenas um, o mesmo!
Despindo-me de preconceitos, de moralidades, pensando apenas no turbilhão de emoções que devem assolar esse coraçãozinho, tenho que fazer-te chegar, que as atitudes apenas são infantis, fúteis e levianas quando não correspondem ao que sentimos. Viver é arriscar, lutar pelo que sonhamos.
"Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o "preto no branco" e os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos" Pablo Neruda
Se há palavras que não podemos dizer olhos nos olhos, que se exprimam de outra forma... não calemos os sentimentos, não os amarremos nesse colete de forças que pode ser o nosso Super Ego.
Que nunca te falhem as forças, para que continues a viver plenamente os teus sentimentos, sem castrações morais, sociais, etc.; para que continues a ser exemplo de força da natureza na qual nos podemos inspirar.

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